Em nossa experiência com profissionais e/ou familiares que convivem com pessoas idosas, ainda é comum a confusão entre os termos autonomia e independência, que costumam ser usados como sinônimos, quando não são. Por isso, vamos iniciar esse post de hoje falando brevemente sobre esses conceitos para, no segundo momento, refletirmos sobre a promoção de autonomia e independência na velhice.
Autonomia é a habilidade do indivíduo de controlar, lidar e tomar decisões pessoais, de acordo com suas próprias regras e preferências. Segundo texto sobre esse assunto no livro Palavras chave em Gerontologia (2005), o cerne do conceito de autonomia é a noção e o exercício do autogoverno. O conceito inclui também os seguintes elementos: liberdade individual, privacidade, livre-escolha, autogoverno, autorregulação e independência moral.
Já independência é a habilidade de executar funções relacionadas à vida diária, isto é, a capacidade de viver independentemente na comunidade, no seu dia a dia, com alguma ou nenhuma ajuda de outros. Conforme o livro citado anteriormente, o aspecto central do conceito de independência é a capacidade funcional que, em sua expressão máxima, significa poder sobreviver sem ajuda para as atividades instrumentais de vida diária e de autocuidado.
Será que sua ILPI tem, efetivamente, promovido a autonomia e independência dos residentes?
Segundo pesquisa realizada por Pavarini em ILPI, encontrou quatro padrões de interação em situações de cuidados básicos:
1) Padrão Aa – manutenção da autonomia – o idoso inicia comportamento de autonomia e a cuidadora reforça;
2) Padrão Da – estímulo à autonomia – o idoso inicia comportamento de dependência e a cuidadora opõe-se a esse comportamento e instiga comportamento de autonomia;
3) Padrão Ad – estímulo à dependência – o idoso inicia comportamento de autonomia e a cuidadora se opõe a esse comportamento e reforça o comportamento dependente;
4) Padrão Dd – manutenção da dependência – o idoso inicia comportamento de dependência e a cuidadora reforça.
O resultado mostrou que 84,3% das interações em ILPI foram de manutenção da dependência. Sendo assim, todos os profissionais da instituição precisam ter conhecimentos sobre esses aspectos, para que no dia a dia possam ter um olhar diferenciado para o residente. É preciso compreender que a ILPI é responsável por estimular e preservar a autonomia e independência do residente.
Muitas vezes, por conta do tempo e da quantidade de tarefas, alguns profissionais acabam fazendo pela pessoa para agilizar, acelerar e, assim acabam não respeitando o ritmo de cada um, não incentivando que eles façam por si próprios. Mesmo para aqueles idosos / idosas mais dependentes, tente pensar em formas de ajudá-los a continuarem ativos, por exemplo, na hora de trocar de roupa, apresentar opções para que a pessoa escolha que roupa quer vestir e não simplesmente colocar aquela que você quer.
Comece a observar a sua interação com os residentes, será que você promove comportamentos de autonomia e independência ou será que você reforça padrões de dependência?
Bem, se você é gestor ou trabalha em um Lar para pessoas idosas, em uma ILPI, em uma Casa de Repouso ou em um Residencial Sênior, temos duas soluções que podem contribuir com a capacitação da equipe, para estimular e preservar a autonomia e independência das pessoas idosas:
– Conheça nosso curso de Capacitação para profissionais de ILPI, com aulas que auxiliam a preservar e promover autonomia e independência dos residentes em instituições;
– Nosso sistema de gestão – o software Scaelife – que ajuda a organizar e prestar um serviço mais assertivo, que, também, promove mensalmente uma Atualização Permanente em Gerontologia para os clientes.
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