A importância de entender sobre o luto para lidar melhor com ele

por Gigi em 3 de maio de 2023
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Gigi

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Falar sobre luto não é um assunto fácil, pelo contrário é algo bem delicado, pois sabemos que envolve sentimentos, emoções, lembranças, dor, sofrimento e crenças que carregamos ao longo da vida. Perder uma pessoa querida não é uma experiência agradável, mas é um período que todos nós, em algum momento, iremos encarar ao longo da vida. 



Neste artigo vamos explicar um pouco sobre o luto, suas fases e vamos oferecer algumas dicas de como encarar esse período, inclusive com os residentes e profissionais que vivem em uma Instituição de Longa Permanência para pessoas idosas (ILPI).



O que é o luto?



Segundo a médica Ana Cláudia Quintana Arantes, o luto é um processo que se inicia a partir da morte de uma pessoa querida, mas pode ter um período antecipatório a partir do momento em que descobrimos uma doença grave e o familiar/cuidador experimenta a possibilidade de perder aquela pessoa. 



Fases do luto:



Primeiro estágio: negação e isolamento – período quando a pessoa recebe a notícia de que a pessoa querida faleceu, na maioria das vezes a primeira reação é negar e dizer: “isso não é verdade”, “não está acontecendo comigo”, “não é na minha família”, etc.



Segundo estágio: a raiva – é um sentimento que pode aparecer, mas não tem muito como ser explicado, em outras palavras, não tem muita lógica. A raiva pode ser direcionada para a vida, uma vez que a pessoa enlutada começa a pensar que a vida foi injusta com ela por ter levado o seu ente querido; direcionada para a equipe de saúde, pois não conseguiu salvar e evitar que a pessoa querida viesse a falecer. Para si próprio, achando que poderia ter feito alguma coisa a mais para reverter a situação. Para Deus, em que a pessoa começa a usar frases do tipo: “Por que meu Deus?”, “Por que logo comigo?”, “Por que levou o meu familiar?”. “Deus foi injusto comigo!”, etc. 



Terceiro estágio: barganha – nessa fase a pessoa começa a suplicar para Deus, fazer juramentos e promessas de que não fará mais as coisas como fazia antes, de que tudo será diferente. Aparecem frases como: “Se eu tiver apenas mais uma chance farei tudo diferente…”, “Por favor Deus”, “Eu prometo tal coisa…”. A culpa geralmente vem acompanhada de uma barganha, esse sentimento muda de modo frequente e constante. 



Quarto estágio: depressão – é importante ressaltar que nesse estágio a depressão não deve ser entendida como algo patológico, que seja necessário intervenção de medicamentos. Nesse estágio, a depressão deve ser compreendida como uma reação natural após a perda de uma pessoa querida. Alguns autores destacam a atenção para a questão da medicação na fase do luto, segundo estudos ela só deverá ser prescrita em casos de extrema necessidade e ainda acompanhada com psicoterapia para alcançar melhor resultado.



Quinto estágio: aceitação – estágio caracterizado como aceitação por parte do enlutado diante da realidade, em que começa a aceitar que seu ente querido não está mais entre ele/a, fisicamente, e que a partir de agora a vida mudou e precisa ser encarada de outra maneira. Vale ressaltar que o período da aceitação não significa que tudo está resolvido e perfeito e sim que propicia que o enlutado encare uma nova realidade diante da vida, dando novos significados a ela ou construindo novos vínculos para conseguir encarar a realidade que se apresenta após a perda do seu ente querido.



É importante ressaltar que a literatura aponta que cada pessoa lida com o luto de uma maneira diferente e que as fases do luto não aparecem necessariamente nessa ordem. Que cada experiência é individual e deve ser respeitada e que a pessoa enlutada passa por um período de vulnerabilidade emocional e precisa de acolhimento, respeito e muito carinho para superar essa fase. Além disso, algumas atitudes podem ajudar a superar essa fase de luto como: buscar o apoio de um psicólogo (hoje existe especialista na área de luto) ou alguma outro tipo de terapia, ficar próximo(a) de pessoas queridas e da sua confiança, ter uma espiritualidade, estar em contato com a natureza, ocupar o tempo com coisas que tragam algum significado na vida, respeitar as suas emoções e a fase que está passando, etc., esses são alguns recursos que poderão ajudar passar essa fase do luto com mais consciência. 





Autora: Gerontóloga Aparecida Costa da Silva



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Referências:



Kübler-Ross, E. (2008). Sobre a Morte e o morrer. Ed. Martins Fontes SP 1996.



Arantes, A. C. Q. (2016). A morte é um dia que vale a pena viver. Ed. Sextante.



Neto, J. V. G. (2015). As fases do Luto de acordo com Elisabeth Kubler-Ross. IX EPCC- Encontro Internacional de Produção Cientifica Unicesumar 03 a 06/11/2015- Maringá- PR- Brasil. Link: 



https://www.unicesumar.edu.br/epcc-2015/wp-content/uploads/sites/65/2016/07/Jose_Valdeci_Grigoleto_Netto_2.pdf


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