Numa perspectiva ampla, a educação é um processo de humanização que ocorre ao longo de toda a vida. Nesse decorrer, ninguém é somente ensinado ou alvo da ação condutora da educação proporcionada por outrem, mas também ensina e conduz o próprio processo mediatizado pelo mundo (Todaro, 2008).
A educação pode promover mudanças nas condições de vida de todas as pessoas. Práticas até recentemente incomuns, a exemplo dos programas de educação não-formal para pessoas idosas, foram adotadas em vários países, entre eles o Brasil que, desde meados da década de 1970, dispõe de serviços desse tipo (Todaro, 2008).
O aprendizado das pessoas idosas tende a ser afetado pelas perdas típicas do envelhecimento cognitivo normal, que se traduzem principalmente em dificuldades de memória de trabalho e de memória episódica, em lentificação do processamento da informação e em dificuldade para inibir estímulos irrelevantes (Baltes & Smith, 2006). Por isso, a educação de pessoas idosas deve ser dialógica e reflexiva (Todaro, 2009), em que parece necessário aplicar os princípios que fundamentam a proposta de educação de Paulo Freire (1975, 1979), na qual as atividades devem favorecer a autonomia, a participação, a colaboração, a problematização e a reflexão crítica.
A educação de pessoas idosas no Brasil ocorre em vários contextos: Universidades da Terceira Idade, programas socioeducacionais de instituições públicas e privadas, salas de alfabetização e em programas desenvolvidos em unidades básicas de saúde e em Organizações Não Governamentais. Os programas têm como meta promover o bem-estar, a saúde e a qualidade de vida das pessoas idosas.
Os objetivos do trabalho pedagógico, nesse contexto, deixariam de ser apenas os de levar ao aluno conhecimentos escolares clássicos formais e passariam a incorporar as possibilidades de os conteúdos contribuírem para as ações concretas que os alunos devem ser capazes de desenvolver na vida cotidiana (Oliveira, 2007).
Por fim, programas de educação especializados para pessoas idosas contribuem na promoção de saúde e na prevenção primária das fragilidades na medida em que as tira do isolamento, proporciona-lhes saúde e bem estar, interesse pela vida e pelas questões da atualidade (Patrocinio e Todaro, 2012).
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Foto: Freepik
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