As dores no corpo geradas pelo esforço repetitivo durante trabalho.

por Gigi em 16 de maio de 2017
Ramon de Oliveira Scatolin

Fisioterapeuta (CREFITO: 214759-F)

Aproveitando o mês do trabalhador e a tão discutida reforma da previdência social a nossa querida Gigi indicou um tema bem legal para debatermos aqui no blog, as dores causadas por esforços repetitivos no ambiente de trabalho. Lesões estas que muitas vezes levam ao afastamento do trabalhador e até mesmo a antecipação da aposentadoria. Sem entrar no mérito da lei, o que devemos saber e fazer para evitar que isso aconteça e gere um prejuízo na qualidade de vida dos idosos aposentados? Uma revisão sistemática (estudo que avalia todas praticamente todas pesquisas publicadas nos últimos 5 anos sobre determinado assunto) publicada em abril deste ano (2017) mostrou que o tratamento conservador ou seja aquele que não é cirúrgico é uma das opções mais eficazes pra quem já desenvolveu uma lesão por esforço repetitivo, mas também ressalta a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, evitando assim cronificação e uma condição mais severa do quadro. Como prevenção as empresas que aderem à ginástica laboral, que são exercícios aplicados por um fisioterapeuta geralmente antes dos trabalhadores iniciarem suas atividades, notam a clara diminuição do afastamento dos funcionários por dores musculoesqueléticas. Além é claro da ergonomia que ajusta caso seja necessário desde o posto de trabalho até freqüência, intensidade e duração de tarefas durante a jornada de trabalho. O acompanhamento de outros profissionais como psicólogos, educadores físicos e nutricionistas também possibilitam um aumento na qualidade de vida e conseqüentemente menor número de afastamentos. É importantíssima a conscientização dos funcionários em relação às pausas durante o dia, a alimentação adequada e a identificação de possíveis episódios de estresse que também podem ajudar a controlar o risco de desenvolver condições dolorosas pelo corpo, pois afinal existem outros fatores de risco como tabagismo, alcoolismo, baixa qualidade de sono, sedentarismo e não só os fatores biomecânicos de postura e acessibilidade no ambiente do serviço que podem influenciar de maneira importante na possibilidade de ter ou não algum incomodo. Ou seja, reveja seus hábitos no trabalho de um modo geral e saiba que nem sempre só uma cadeira e mesa mais altas ou mais baixas podem ser as culpadas por uma dor nas costas ou pescoço. E assim quando você finalmente alcançar o direito de se aposentar ainda haverá muita saúde para aproveitar esse tão merecido benefício. Espero que tenham gostado, deixem seus comentários e dúvidas. Curtam e compartilhem à vontade, até a próxima.




Foto:Prefeitura de Florianópolis

Ramon de Oliveira Scatolin

Fisioterapeuta (CREFITO: 214759-F)

Graduado em Fisioterapia pela Universidade de Araraquara - UNIARA. Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade de São Paulo - USP através do Programa de pós graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional (PPGRDF) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - FMRP. Diretor clínico do Instituto Trata - Joelho e Quadril na cidade de Ribeirão Preto - SP e Professor da pós-graduação  em Fisioterapia Ortopédica e Esportiva da Faculdade Inspirar do Instituto IPOG.



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