A palavra suicídio vem do latim sui (si mesmo) e caederes (ação de matar). Para a Organização Mundial da Saúde (OMS) nenhum fator singular é suficiente para explicar por que uma pessoa comete suicídio ou deseja fazê-lo. Sem generalizar os fatos, o suicídio vem a ser o ato realizado de maneira direta ou indireta pela própria pessoa, cujo resultado é a morte. Objetiva-se finalizar algum sofrimento ou comunicar algo, podendo ter várias causas e motivações para sua ocorrência, sendo difícil determiná-lo e analisá-lo por apenas um aspecto.
Com isso, o suicídio é um fenômeno ocorrido por causas múltiplas, complexas e construída por diversos fatores e eventos circunstanciais. Pode ser desencadeado por um conjunto de elementos que se associam e envolvem razões pessoais, sociais, econômicas, psicológicas, culturais, biológicas e ambientais.
Os episódios vivenciados por idosos são vistos como difíceis, por terem que ser analisados de diversos aspectos, por exemplo, morte de pessoas próximas (amigos, familiares); problemas crônicos e doenças incapacitantes; violência (física e psicológica); os relacionamentos (falta de atenção, afrouxamento de contato); o impacto causado por mudanças de ambientes; estigmas sociais; abuso de álcool e drogas; o isolamento; a depressão podem levar os idosos a desenvolver comportamentos preditores do suicídio.
Nas fases anteriores ao suicídio existem os comportamentos específicos e são classificados em: ideação suicida (ideias, desejos, vontades, ameaças e planejamentos) e o comportamento em si, que segue com as tentativas, até chegar a consumar o ato. As ideações surgem a partir de particularidades do indivíduo, que lhe causam sofrimento e desgaste emocional, buscando como saída os pensamentos e planejamento de como dar um fim a esses sentimentos, saindo do meio em que está inserido, vendo a morte como a única saída possível.
Deve-se considerar que nem sempre esses comportamentos são identificados facilmente, manifestando-se de maneira oculta. Nas falas, os idosos, apresentam relatos de pensamentos de morte, cansaço, falta de sentido ou significado para viver, bem como sentimentos de abandono e de tristeza. Por vezes, determinadas atitudes de autonegligência, como não querer mais comer ou não tomar mais os medicamentos, também podem ser um alerta.
O suicídio é considerado um problema de saúde pública. Após uma tentativa de suicídio, aumenta-se a chance do indivíduo tentar novamente até conseguir concretizar o ato, sendo que a população idosa merece atenção em busca de prevenção.
Falar de suicídio é falar mais da vida que da morte, por isso, a prevenção ocorre em conjunto com a família, amigos ou pessoas próximas e com profissionais da saúde, podendo envolver até mesmo toda a comunidade nesse processo. Mas, ao conversar com uma pessoa que está vulnerável, não dê opiniões do senso comum, pois determinadas palavras podem ser mais prejudiciais. Desse modo, escute-a e aconselhe-a a procurar um profissional capacitado.
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