Idosos podem sair de casa? Ir ao mercado? Cumprimentar os netos? Podem receber visitas?
Tantas notícias nas redes sociais e redes de comunicação estão disseminando o pânico e medo entre aqueles que cuidam de idosos, mas esse pânico não gera cuidados eficientes, pelo contrário! Na era das FAKE NEWS, um conteúdo baseado em evidências é o diferencial para orientar e acalmar.
A COVID – 19 provocada pelo coronavírus parece ter parado o planeta. Mas antes de iniciarmos com as medidas a serem tomadas para prevenção da disseminação dos vírus em ILPIs, Residenciais Senior, Centros dias e de convivência e aos idosos assistidos em casa, por cuidadores particulares e serviços de Home Care, precisamos conhecer e entender acerca do vírus.
Segundo o portal do Ministério da Saúde, O CoronaVírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias, podendo essas serem mais leves ou mais graves (como uma pneumonia viral e suas complicações). O novo agente do Coronavírus foi descoberto em 31/12/2019 após casos registrados na China e provoca a doença chamada de coronavírus (COVID 19).
O período de incubação pode ser de 2 a 14 dias, esse período é o tempo que leva para a aparição dos primeiros sintomas desde a infecção.
A transmissão oral ocorre apenas enquanto persistirem os sintomas, mas sendo possível a transmissão viral após a resolução dos sintomas. Contudo, a duração do período de transmissibilidade ainda é desconhecida.
Durante o período de incubação e casos assintomáticos não são contagiosos.
Os sinais e sintomas são principalmente
respiratórios. Iniciam de forma leve e evoluem progressivamente:
-Febre
-Tosse
-Falta de ar
-Cansaço anormal para realizar atividades antes rotineiras
-Dor no peito
-Confusão mental
Porém algumas pessoas infectadas pelo vírus não apresentam nenhum sintoma!
A transmissão ocorre de pessoa para pessoa, através do ar ou de contato pessoal com secreções e gotículas contaminadas como gotículas de saliva, espirro, tosse e catarro. O contato pode ser por estar muito próximo à uma pessoa doente (através de abraços, beijos e apertos de mão) e pelo contato com objetos ou superfícies contaminadas (seguido do toque da mão na boca, nariz, olhos e rosto).
Por que falam tanto sobre a doença e o idoso?
Os idosos estão no grupo de risco pelas alterações sistêmicas próprias ao envelhecimento e por comumente apresentarem multicomorbidades, como por exemplo: diabetes, hipertensão arterial, doenças do coração, pulmão e rins, doenças neurológicas, em tratamento para câncer, portadores de imunossupressão entre outras. Além disso, quanto mais longevo o idoso, mais suscetível ele será. Devemos lembrar que além de ter maior risco de pegar o vírus, maior a chance de desenvolver a doença em seu quadro mais grave.
Quanto
mais patologias o idoso apresentar e quanto mais velho ele for, mais cuidado
ele deve ter, então seguir todas as medidas de prevenção é a chave!
-Etiqueta respiratória: ao espirrar e tossir, cubra o nariz e
a boca com o cotovelo flexionado ou com lenço (em seguida, jogar fora o
lenço e higienizar as mãos)
– Higienizar as mãos frequentemente com água e sabão ou com álcool em gel a 70% quando não houver a possibilidade de lavar as mãos.
-Evitar apertos de mão, abraços e beijos ao cumprimentar as pessoas
– Evitar tocar os olhos, o nariz e a boca com as mãos sem lavá-las.
-Evitar aglomerações e contato com quem tenha feito alguma viagem. Em casos de muito risco, evitar sair de casa/ ILPI
-Ir a serviços de saúde apenas em emergências. Os atendimentos aos idosos devem ser preferencialmente em domicílio
-Profissionais
de saúde e empregados dos idosos devem afastar-se do trabalho em caso de
sintomas
– Segundo a SBGG os profissionais devem utilizar máscara e outros EPIs ao cuidar de idosos doentes. Principalmente devem saber como usar, remover, descartar e na ação de higiene das mãos antes e após o uso.
Em geral os idosos que vivem em ILPIs são mais sensíveis, por serem mais longevos, terem mais limitações e mais patologias associadas. Porém estão em um ambiente restrito, e só teriam contato com o vírus caso alguém de fora o traga.
Para evitar que isso ocorra, temos algumas opções para manter esse espaço superseguro!
-Restringir visitas de familiares e amigos;
-Restringir a saída do idoso da instituição (sair apenas em caso de emergências médicas);
-Evitar o acesso de funcionários e profissionais com sintomas respiratórios;
-Divulgar e reforçar medidas de higiene das mãos e etiqueta respiratória;
-Manter os ambientes ventilados naturalmente (portas e/ou janelas abertas);
-Reforçar os procedimentos de higiene e desinfecção de utensílios, equipamentos e ambientes de convivência;
-Restringir
o uso de utensílios compartilhados como: copos, xícaras, garrafas de água, etc;
– Atualizar a situação vacinal para influenza e doença pneumocócica conforme indicação, para residentes e funcionários;
-Limitar o quadro de funcionários ao mínimo, sem interferir de forma negativa na assistência;
-Otimizar a rotina de higienização de superfícies com álcool 70º ou solução de hipoclorito.
Ainda segundo a SBGG, os profissionais de saúde que atendem a este público deve ter excesso de cuidados nas medidas de higiene. Apesar do quadro da doença em nossos idosos ter tendência a ser mais grave, viram quantas opções temos para evitar o contágio? Se todos seguirem normas de prevenção e as orientações dos órgãos responsáveis, a doença pode ser prevenida de forma eficaz e sem pânico!
Qual o tipo de máscara ideal? E quanto as máscaras de tecido?
Todos os profissionais que, entrarem em contato ou prestarem cuidado aos residentes devem utilizar os seguintes Equipamentos de Proteção Individual:
• Óculos de proteção ou protetor facial;
• Máscara cirúrgica (comum);
• Luvas de procedimento não estéril;
Muitas mascaras surgiram no mercado e grupos de vendas online, dos mais variados tipos, gerando muitas dúvidas acerca da eficácia e prevenção do COVID-19. A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e comunidade tem um documento que dita quais os tipos recomendados de equipamentos de proteção individual no contexto do COVID-19, de acordo com o tipo de ambiente, pessoa alvo e tipo de atividade como podem ver a seguir.
A secretária do Estado da Saúde, diretoria de atenção e Vigilância em Saúde e a Coordenadoria de Vigilância Sanitária do Estado do Paraná, informou que, as máscaras de tecido não são recomendadas, sob qualquer circunstância.
As imagens, publicadas em mídias sociais pelo Coren-PB e pela UFPE, respectivamente, ilustram as diferenças entre as máscaras.
Os responsáveis pelas ILPIs
devem disponibilizar todos os EPIs necessários, incluindo as máscaras N95 ou
equivalente aos profissionais que forem realizar procedimentos que gerem
aerossol!
Demais orientações sobre os EPIs podem ser encontradas na nota técnica divulgada pela Anvisa.
Texto atualizado em 26/03/2020
Sugestão de Leitura: https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019
PCI Covid-19: https://openwho.org/courses/COVID-19-PCI-PT
Referências: Ministério da Saúde: https://www.saude.gov.br/o-ministro/746-saude-de-a-a-z/46490-novo-coronavirus-o-que-e-causas-sintomas-tratamento-e-prevencao-3
Aplicativo coronavirus – SUS: https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.datasus.guardioes&hl=pt_BR
– Aplicativo coronavirus – SUS
Secretária da Saúde RS- https://saude.rs.gov.br/ses-divulga-recomendacoes-de-prevencao-de-covid-19-em-instituicoes-de-longa-permanencia-de-idosos
-Normas para prevenção e controle de
infecções pelo novo coronavirus a serem adotadas pelas instituições de longa
permanência de idosos no Estado do Rio de Janeiro (Governo do Estado do Rio de
Janeiro – Secretaria de Estado de Saúde)
-Diretrizes para instituições para pessoas idosas em um contexto de infecção pelo COVID-19 (ILC- Brasil – Centro internacional de Longevidade Brasil)
Imagem por: Miguel Á. Padriñán Pexels
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