No post de hoje vamos tratar de alguns distúrbios que mais atrapalham o sono de pessoas idosas. 

Insônia

De acordo com estudos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 72% dos brasileiros sofrem de doenças relacionadas ao sono, entre elas, a insônia. É mais comum que a insônia seja diagnosticada em pessoas idosas, o que pode ser potencializado pelo fato desse grupo etário ter o sono mais fragmentado e apresentar mais comorbidades que interferem no funcionamento noturno e diurno

Caracteriza-se pela incapacidade de conciliar o sono e pode manifestar-se em seu período inicial, intermediário ou final.  

Apneia do sono

De acordo com o Episono – Estudo Epidemiológico do Sono de São Paulo, cerca de 60,2% das pessoas idosas entre 60 e 69 anos apresentam a doença, com números que aumentam para 86,9% entre pessoas idosas na faixa de 70 e 80 anos.

Caracterizada por paradas da respiração por no mínimo dez segundos, durante o sono, em que este distúrbio vem acompanhado com o ronco noturno e a sua ocorrência aumenta com o envelhecimento. 

Síndrome das pernas inquietas

É um distúrbio que se caracteriza por alterações da sensibilidade e agitação motora involuntária dos membros inferiores.

Os principais sintomas são: sensação de desconforto e necessidade premente de mover as pernas, dor, formigamento, arrepios e pontadas. 

A intensidade pode variar de leve a grave e diminui com o movimento.

Dicas para lidar com a insônia

– Limitar o consumo de cafeína presente no café, chás, chocolates, etc. Até a cafeína usada como ingrediente de alguns alimentos pode prejudicar o sono das pessoas mais sensíveis;

– Caso a pessoa idosa tenha problema de insônia, checar a medicação, pois certos medicamentos descongestionantes podem ser tão estimulantes quanto a cafeína; 

– Exercitar-se regularmente, mas não perto da hora de dormir. Atividade física regular é essencial para quem sofre de ansiedade e ajuda a dormir melhor. No entanto, a prática de exercícios vigorosos à noite pode atrapalhar o sono; 

– Estabelecer uma rotina para o horário de dormir e de despertar. O relógio biológico responde melhor se habituado a horários regulares. Mesmo nos finais de semana, tentar manter o esquema estabelecido para os dias úteis;

– Usar técnicas de relaxamento; 

– Banho morno ajuda a relaxar os músculos tensos;

– Leite morno. O leite contém o aminoácido triptofano, que relaxa os músculos e induz o sono; 

– Chás à base de ervas como camomila, erva-doce, erva-cidreira, etc. Eles têm sido usados há séculos por pessoas que relatam sua ação relaxante;

– Relaxar antes de ir para cama. Ouvir música, ler um pouco, conversar, assistir a um filme;

– Certificar-se de que não há claridade no quarto e a temperatura é agradável. Mesmo pouca luz pode atrapalhar o sono de algumas pessoas;

– Usar protetores nos ouvidos, se o barulho incomoda e não há como eliminá-lo; 

– O colchão deve ser adequado para peso e altura. Colchões muito macios ou muito duros são contraindicados;

– Reservar a cama somente para dormir. Evitar ler, ver TV, trabalhar e conversar no quarto;

– Levantar-se, se não conseguiu dormir depois de quinze a trinta minutos deitado. Ficar na cama acordado pode aumentar a ansiedade, a irritação e, consequentemente, a insônia; 

– Procurar distrair-se com alguma atividade tranquila e depois, mais cansado, voltar para a cama e tentar dormir. Repetir o esquema, se necessário. Usando essa técnica, muitas pessoas conseguem reverter o processo.

Se nada disso resolver, vale a pena buscar ajuda profissional.

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Fonte:

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/marco/voce-ja-teve-insonia-saiba-que-72-dos-brasileiros-sofrem-com-alteracoes-no-sono

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