Nas últimas décadas vemos crescer os grupos de atividades específicas para pessoas idosas, o que por um lado é muito bom, pois trabalha as especificidades deste grupo populacional. Por outro, esta segmentação pode distanciar as pessoas idosas da convivência com pessoas de outras idades. No texto de hoje trataremos de um tema relativamente novo, porém com um crescente interesse de profissionais, familiares e das próprias pessoas idosas – a convivência intergeracional.
Não somente nas férias, como em qualquer outra época do ano; ao andar pelas ruas, no trem, ônibus, metrô, adentrar em uma padaria, farmácia, ir ao shopping, ao parque, ao museu ou em outros locais sempre nos depararemos com pessoas de diversas idades. Quando você está nestes ambientes, você costuma observar a diversidade de faixa etária das pessoas ao redor?
Esta situação em si não nos torna próximos das pessoas. Para que a relação entre diferentes gerações se estabeleça é preciso o convívio. Diante dos avanços tecnológicos, as alterações familiares e demais fatores socioculturais, as gerações se distanciaram de forma gradual, principalmente no que se referem às conversações, vivências e trocas de experiências.
Com o intuito de aproximar novamente as pessoas de diferentes faixas etárias, atividades específicas foram e ainda são desenvolvidas. Há diversas formas de implementar essas ações: a geração mais nova pode ensinar para a mais velha ou a mais nova aprender com a mais velha ou, ainda e melhor, ambas podem ensinar e aprender algo (histórias, habilidades, etc.).
Além dos encontros, os desencontros, conflitos, discordâncias podem surgir e isso também é natural, pois somos seres protagonistas, pensantes e atuantes. Mas tudo precisa ser clarificado e esclarecido entre as pessoas para que não haja reforço de preconceitos geracionais e nenhuma forma de discriminação entre as pessoas.
De forma simples, indicamos as seguintes atividades:
– Contar e escrever histórias;
– Passear no parque;
– Assistir e conversar sobre filmes;
– Ler algo diferente;
– Cozinhar e confraternizar;
– Tocar um instrumento;
– Plantar e mexer no jardim;
– Jogar videogame;
– Explorar as brincadeiras de rua;
– Jogar jogos de tabuleiro…
Sendo assim, sempre que vivenciarem uma atividade intergeracional, considerem as diferentes faixas etárias, as limitações e necessidades de cada um, bem como o objetivo, o contexto e o local, o tempo e a duração das ações.
Você já percebeu as relações intergeracionais no seu dia a dia? As conversas são frutíferas? Realizam vivências juntos? Trocam experiências? Conte-nos como foi e o que aconteceu…
Participe também, deixe sua opinião, sugestão e críticas.
Até a próxima!
Referências:
MARTÍNEZ, M. S., KAPLAN, M. & CARRERAS, J. S. Programas Intergeneracionales: Guía Introductoria. Ministerio de Sanidad y Política Social Secretaría General de Política Social y Consumo Instituto de Mayores y Servicios Sociales (IMSERSO), Madrid, 2010.
TARALLO, R. S. As relações intergeracionais e o cuidado do idoso. Revista Kairós Gerontologia, v. 18, ed. especial – Abordagem Multidisciplinar no cuidado e velhice, 2015.
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