Idosos: se divertem e fazem sexo?

por Gigi em 18 de maio de 2017
Diego José Bonatti

Psicólogo (CRP: 06/99594)

Hoje abordarei o filme: “O centenário que saiu sem pagar a conta e sumiu”, lançado pela Netflix recentemente, o qual retrata a busca de um espião de 101 anos por uma fórmula de um refrigerante que foi guardado em uma caixa junto aos seus pertences. Há um outro título, que antecede à este: “O centenário que fugiu pela janela e desapareceu”, deixo-o também como sugestão para quem se interessar.

Comentarei as cenas que me chamaram atenção, visando ilustrar o cotidiano de pessoas com idade superior a 60 anos.

As cenas que mais me chamaram a atenção, eu vou comenta-las com o propósito de ilustrar o contexto de pessoas com idade superior a 60 anos.

O filme trata de um personagem de idade avançada, com aparente vigor para se aventurar, com pouca ou nenhuma dose de esquecimento, demonstrando lentidão ao se locomover, mas com máxima autonomia para atividades cotidianas; juntamente de seu amigo octogenário, portador de uma bengala, que participa das peripécias com o centenário.

Uma das cenas que gostaria de comentar, foi a cena do “asilo”, onde há uma responsável pelo cuidado dos residentes, que aparenta ter mais de 60 anos de idade, ou seja, uma pessoa idosa cuidando de outros idosos, acredito que está seja uma realidade constante do nosso cotidiano. Uma outra situação envolvendo a cuidadora de idosos, é a maneira como ela trata os residentes, me pareceu ser distante afetivamente e mecânico ao medicar os idosos. Está ilustração me fez refletir sobre a necessidade da capacitação constante de todos os envolvidos em cuidados com idosos, o cuidador também necessita de cuidados, de escuta sobre as atividades desempenhas junto aos idosos, de palestras e rodas de conversas também podem colaborar com a rotina dos cuidadores de idosos.

A cena de sexo do idoso foi interessante e serve como reflexão, a sexualidade do personagem Alan Karlsson, centenário de 101 anos com sua parceira, pode servir para nos conscientizarmos que os idosos (as) continuam com interesse sexual, ou seja, não perdem o interesse por fazerem sexo.

Pela minha experiência profissional, mesmo entre profissionais capacitados e instruídos quanto a temática, noto que o sexo entre pessoas idosas é um tabu, situação permeada por preconceitos difíceis de serem abandonados e desmistificados.

Uma outra questão que vale muito a pena comentar, é a energia vital presente nos personagens do filme, a autonomia, independência física e psicológica dos idosos para viagens de avião, passeios com veículos em alta velocidade, são algumas das ações atuadas pela dupla de bons e engraçados velhos neste filme.

Deixe seus comentários, participe e opine sobre o post. Há muito o que se falar sobre os temas abordados.




Foto:Agência Brasília

Diego José Bonatti

Psicólogo (CRP: 06/99594)

Psicólogo Clínico, Formado pela Universidade Paulista (UNIP) - Ribeirão Preto em 2009. Especialista em Teorias e Técnicas Psicanalíticas pelo Instituto de Estudos Psicanalíticos - Ribeirão Preto/SP. Atua também com Equoterapia (método terapêutico educacional que utiliza cavalos), desde 2013 e também como Coordenador do Lar Acolhedor São Vicente de Paulo de Jaboticabal.



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