Os idosos conseguem usar as novas tecnologias?

por Gigi em 14 de junho de 2017
Wanda Patrocinio

Idealizadora e Diretora da GeroVida. Pedagoga, Mestre em Gerontologia, Doutora em Educação, todos pela UNICAMP. Atua no setor de ILPI há mais de 10 anos.

Roberta dos Santos Tarallo

Gerontóloga

Diante do cotidiano que demanda um contato mais próximo com os diversos aparelhos eletrônicos para desempenhar as atividades rotineiras, os idosos veem a necessidade de se inserirem no universo digital para poderem conviver com a tecnologia e usufruir dos benefícios por ela proporcionados.  O ser humano, atualmente, vive rodeado de tecnologias como a televisão, o rádio, o telefone fixo ou móvel, os caixas eletrônicos, as câmeras de monitoramento, os computadores em geral. Com o avanço tecnológico, faz-se necessário dominar os diversos recursos existentes que atingem todos os âmbitos e permeiam a vida dos indivíduos nas mais variadas faixas etárias.   Sendo assim, o conhecimento digital é uma possibilidade que remete ao entendimento sobre a tecnologia, a informática e a comunicação. O aprendizado tecnológico e a linguagem digital possibilita agir nesses espaços e com outros indivíduos que estão inseridos. Ao usar a tecnologia, os idosos são ao mesmo tempo atores, produtores e realizadores de suas ações. Os idosos têm a possibilidade de explorar os próprios interesses, de manter a autonomia, de exercer a cidadania, de localizar outros mundos, de cruzar fronteiras geográficas, de estabelecer contato com outras gerações, bem como com a família e amigos, de estimular a mente, de descobrir e ampliar o conhecimento. Por meio da tecnologia computacional, ao aprender, os idosos se atualizam, se informam, se divertem, interagem, se comunicam, se integram e se inserem socialmente. A tecnologia pode ser capaz de transformar, de certo modo, a realidade dos idosos e de dar novo sentido em suas vidas, na medida em que redimensiona seus próprios futuros. Com a tecnologia de ponta, os idosos podem romper paradigmas socioculturais de que velho é passado e não se renova. A idade não é empecilho para a pessoa que quer aprender, é possível aprender durante toda a vida, apenas de formas diferentes. A aprendizagem é construída, o treinamento é mais lento, fragmentado e mediado verbalmente, no início, e aos poucos é substituído pelo desempenho rápido e automatizado. Os idosos são capazes de aprender o novo, de se organizarem para a realização de projetos, de vencer os medos e os desafios. Esses mesmos personagens continuam capazes de se manterem ativos também no mundo virtual, dadas suas condições físicas e psicológicas.




Foto: Giuseppe Milo

ReferênciasCHATFIELD, Tom (Tradução: FIUZA, Bruno). Como viver na era digital. Editora: Objetiva, 2012, p.176.DOLL, Johannes; BUAES, Caroline Stumpf. Aprendizagem em cursos de inclusão digital para pessoas adultas e idosas. RBCEH, Passo Fundo, vol. 6, n. 3, p. 320-331. 2009.FARAH, R. M. et al.. Novas Tecnologias no Envelhecimento. Revista Kairós Gerontologia, Caderno Temático 5, vol. 12, p.128-172. 2009.MÜLLER, Daniele. O Envelhecimento e a Inclusão Digital de Idosos. Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande Do Sul. 2012.SILVA, T. R. et al. Inclusão Digital da Terceira Idade. Anais Congresso Sul Brasileiro de Computação, vol. 7. 2014.TARALLO, R. S. & SÉ, E. V. G. Letramento digital no ensino de informática para idosos. Revista Intellectus, ano 12, n. 36, p. 53-66, 2016.VALENTE, José Armando.  Aprendizagem Continuada ao longo da Vida: o exemplo da terceira idade. KACHAR, Vitória (Org.) Longevidade: um novo desafio para a educação. São Paulo: Cortez Editora, 2001, p.27-44.ZENI, J. et al. Inclusão Digital – Informática Terceira Idade. Seminário de Extensão Universitária da Região Sul. 2013.

Wanda Patrocinio

Idealizadora e Diretora da GeroVida. Pedagoga, Mestre em Gerontologia, Doutora em Educação, todos pela UNICAMP. Atua no setor de ILPI há mais de 10 anos.

Idealizadora e Diretora da GeroVida – Arte, Educação e Vida Plena. Pedagoga, Mestre em Gerontologia, Doutora em Educação - UNICAMP. Professora, Pesquisadora e Terapeuta em Homeostase Quântica Informacional, Instituto Quantum.  Até junho de 2019 desempenhava o papel de professora do Programa de Mestrado de Gerontologia da Universidade Ibirapuera, UNIB, SP. Curso de Extensão em Psicogerontologia, PUC-SP. Curso de Estimulação Cognitiva com ênfase em memória para idosos, Pinus Longaeva, SP.

Roberta dos Santos Tarallo

Gerontóloga

Mestra em Gerontologia pela UNICAMP. Professora de Cursos Livres da empresa GeroVida. Voluntária da Associação Brasileira de Alzheimer, sub-regional Campinas.



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