Com o avanço da idade uma alteração que acomete principalmente as mulheres é a osteoporose, que é perda progressiva de estrutura óssea. Essa perda também ocorre no osso que dá suporte aos dentes ou implantes. Naturalmente, quando se perde um dente, a falta de estímulo provocado pela ausência do dente resulta em uma diminuição da estrutura óssea local, já em pessoas com osteoporose essa perda é mais evidente.
A questão é em relação ao tratamento da osteoporose, para prevenir e diminuir a perda óssea, são usados normalmente os fármacos do tipo bifosfonatos. Esses fármacos atuam inibindo a reabsorção óssea e preservando sua estrutura, assim se osso não sofre a reabsorção ele não perde seu volume. Mas no processo de cicatrização e formação de um novo osso a reabsorção óssea é fundamental, ou seja, quando realizamos uma extração dentária ou uma instalação de um implante, o processo de reabsorção faz parte da cicatrização óssea.
Desta maneira, pessoas que são submetidas a algum tipo desses tratamentos e fazem o uso de bifosfonatos podem desenvolver necrose de grandes partes do osso, causando grandes falhas e deformações na face, o osso “morre” e é expelido pelo próprio corpo, semelhante o que ocorre na osteoradionecrose em pessoas que fazem radioterapia.
Nesses casos, o Dentista e o Médico, tem que trabalhar juntos para desenvolver um plano de tratamento adequado para a pessoa, a medicação em questão tem que ser temporariamente suspensa, e esse período é determinado pelo tipo e a frequência em que esse medicamento é usado. Mesmo assim esses pacientes tem um risco maior de desenvolver necrose óssea, pois esses bifosfonatos permanecem no interior do osso por anos.
Os cuidados no planejamento, execução e manutenção do tratamento odontológico, tem que ser mais específicos e frequentes em pessoas que usam esse tipo de medicamento.

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Até a próxima.

Foto: German Tenorio