Principais dificuldades e avanços para montar um Lar para pessoas idosas

por Gigi em 11 de janeiro de 2023
GeroVida

Longevidade com Equilíbrio

Gigi

Blogueira



Vamos dividir nosso post de hoje em três partes: na primeira trataremos sobre a questão do mercado atual para abertura de novas Instituições de Longa Permanência para pessoas idosas (ILPI); na segunda abordaremos quais as dificuldades e desafios mais comuns para quem quer encarar um empreendimento deste porte; e, por fim, quais os avanços que vem ocorrendo neste setor.







Já iniciamos trazendo que o mercado atual está propício para as ILPI, Casas de Repouso, Residencial Sênior, Lar para idosos, etc. e veja por que:



– envelhecimento populacional: já é de conhecimento geral que tem aumentado o número de pessoas idosas em nosso país; 



– mudança na estrutura social: se antes tínhamos uma família que pudesse assumir o cuidado com as pessoas idosas que se tornassem dependentes, hoje essa estrutura está diferente, com praticamente todas as pessoas da família saindo para trabalhar e não tendo mais o tempo necessário para se dedicar ao cuidado;



– custo de cuidadores e qualidade desses profissionais: se colocarmos na ponta do lápis o custo é alto para ter uma equipe de cuidadores profissionais, além da grande deficiência na qualidade do cuidado que ainda encontramos hoje em dia; 



– cuidados especializados que a família não consegue mais prover: com o aumento da complexidade das doenças, a maior parte dos cuidados precisa ser realizada por profissionais especializados;



– casas de repouso não sendo mais um depósito e sim um lugar de vida: por mais que ainda se tenha discriminação em colocar um familiar em uma casa de repouso, por conta do ranço anterior de ILPI ser associada a abandono, essa visão tem mudado e essas instituições estão, aos poucos, sendo vistas como um lugar para se viver com qualidade. 







Certo, então o mercado tem estado mais propício para abertura de ILPI, mas esse não é um processo fácil, por isso, tente trabalhar com as dificuldades e desafios que permeiam a abertura desses empreendimentos.



O que nós identificamos ao longo de todos esses anos que nos dedicamos a essa temática:



– falta de conhecimento sobre a área do envelhecimento: as pessoas pensam “Uau, o mercado está propicio, vamos abrir uma ILPI então?”. Deixando de lado a busca por conhecimento na área de gerontologia;



– falta de conhecimento sobre gestão organizacional: outros podem até ter o conhecimento na área do envelhecimento, mas não estão capacitados na área de gestão empresarial, tão necessária quando se quer ter seu próprio negócio;



– planejamento: ausência de plano de negócios – outro erro é abrir sua ILPI sem fazer o Plano de Negócios. Gente, pode até ser chato e cansativo fazer esse planejamento, mas é ele que vai nos mostrar o caminho mais assertivo a ser seguido;



– precificação errada: colocar o valor errado de mensalidade é outro erro muito comum. Existe todo um cálculo a ser feito para conseguir precificar de forma correta, evitando prejuízos futuros;



– falta de mão de obra qualificada: ter uma equipe capacitada faz toda a diferença, mas sabemos que esse ponto também é um desafio para os gestores, pois infelizmente, não generalizando, vemos com muita constância pessoas apenas querendo preencher o tempo no emprego sem realizar um trabalho sério e comprometido;



– em alguns locais, a sociedade ainda vê a ILPI como um asilo: o desafio é como mostrar que hoje esses espaços podem e devem ser lugares de acolhimento, convivência e cuidado humanizado;



– heterogeneidade da velhice: pessoas ativas, pessoas dependentes, pessoas solteiras, viúvas, homossexuais. É necessário capacitação profissional e dos próprios residentes para compreender e saber lidar com essas diferenças;



– transtorno psiquiátrico também acompanha as pessoas idosas, porém o local para o acolhimento de pessoas com esses transtornos não é em uma ILPI; é preciso ficar atento, pois alguns familiares podem omitir esse transtorno e depois isso pode causar mais transtorno para todos os envolvidos na ILPI;



– pessoa idosa não é criança: quem se propõe a montar uma ILPI precisa entrar na luta contra o idadismo; ter conhecimento sobre termos que são usados de forma comum, mas que carregam preconceito, capacitar a equipe e tratar os residentes de forma adequada.







Mas a vida nesse setor de ILPI não tem somente dificuldades, nas últimas décadas temos alguns avanços que nos ajudam a caminhar com mais qualidade nos serviços prestados por essas instituições:



– temos muito mais conhecimento sobre os cuidados necessários a serem prestados para pessoas que residem em ILPI;



– com a pandemia essas instituições passaram a ser mais vistas pela sociedade e, muitas vezes, sendo reconhecidas como locais necessários e importantes para pessoas idosas que dependem de cuidados que a família não consegue prover; 



– temos uma tipificação, que busca uma padronização nacional do funcionamento desses estabelecimentos;



– promulgação de leis destinadas ao acolhimento de pessoas idosas;



– os gestores e profissionais de ILPI começaram a perceber que esses locais não devem ser um depósito de pessoas idosas, há uma grande preocupação de várias instituições em trabalhar para que seja um lugar de vida, proporcionando cuidado e atividades que promovam bem-estar aos residentes. E quando tocado de forma correta, é um negócio rentável.



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Texto escrito com base na experiência das autoras:



Rosane Sério



Fisioterapeuta com especialização em reabilitação do aparelho locomotor pelo Hospital Sarah Kubitschek de Brasília, DF. Especialista em Gerontologia. Gerente de saúde e Responsável Técnica do Lar dos Velhinhos de Capivari, SP. Atua no setor de ILPI há mais de 20 anos. 



Wanda Patrocinio



Idealizadora e Diretora da GeroVida. Pedagoga, Mestre em Gerontologia, Doutora em Educação, todos pela UNICAMP. Atua o setor de ILPI há mais de 10 anos.





Foto: Freepik


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