Quando falamos em saúde bucal na velhice precisamos levar em consideração os seguintes fatores: 1. Contexto; 2. Epidemiologia; 3. Patologias mais comuns que acometem as pessoas idosas; 4. Medidas preventivas; 5. Desafios da Odontogeriatria. No último post aqui no Blog da Gigi abordamos os três primeiros itens, no post de hoje vamos dar continuidade sobre mais alguns problemas bucais e seguir para os itens 4 e 5.
Vamos começar falando sobre o câncer bucal. Você sabia que ele apresenta um alto índice de mortalidade? Isso ocorre porque muitos diagnósticos são feitos quando a lesão já atingiu um estágio avançado, daí a importância do diagnóstico precoce. As lesões podem aparecer na língua, orofaringe, assoalho de boca e lábios e apresenta uma multicausalidade, porém fumantes têm mais chances de desenvolver um câncer bucal do que não fumantes e o efeito carcinogênico é maior quando combinado com o álcool. As ações preventivas envolvem cessar hábito nocivo (fumo) e realizar exames de rotina.
Outro problema bucal muito comum com o processo de envelhecimento é a Xerostomia, que é o ressecamento da boca provocado por diminuição ou ausência do fluxo salivar. Você conhece as funções da saliva? Remoção de resíduos, ação antibacteriana, antifúngica, antivirótica, realiza o início da digestão, auxilia no paladar, é lubrificante, tem ação protetora e auxilia na retenção de próteses. As causas desse problema são as doenças autoimunes, algumas medicações, etc., que pode levar a intolerância e falta de retenção da prótese total, problemas de mastigação, deglutição e fala, e predisposição à deficiência nutricional.
O uso de alguns medicamentos (polifármacos), como anticolinérgicos, anti-histamínicos, tranquilizantes, antidepressivos, antiparkinsonianos, ansiolíticos, opiáceos, anti-hipertensivos e diuréticos podem causar cáries dentais, doença periodontal, mucosites, dificuldade com a fala, disfagia, aumento de candidíase, aumento da sensibilidade dentária, alteração de paladar, mau hálito e diminuição da retenção de prótese.
Por isso, se faz tão importante as medidas preventivas: higiene bucal, uso de escova, creme e fio dental, corrigir hábitos alimentares nocivos, ingestão de água fluoretada ou bochechos com soluções fluoretadas, uso de antissépticos orais, eliminação de hábitos parafuncionais, visitas periódicas ao dentista e acompanhamento regular com outros profissionais da saúde.
Com o processo de envelhecimento, pode ser necessário a adaptação de talheres e outros instrumentos de uso diário para higiene bucal. Nas imagens abaixo mostramos algumas adaptações que podem ser realizadas:
Para finalizar, temos alguns desafios para a área da Odontogeriatria, com enfoque na educação, com pesquisas no campo da Odontologia e Gerontologia, preparar os futuros cirurgiões dentistas para o atendimento geriátrico e educar os profissionais que atuam com pessoas idosas e a população em geral para a necessidade dos cuidados com a saúde bucal, sendo necessário: incentivar a prevenção e a promoção da saúde bucal da pessoa idosa, procurando identificar os fatores de risco envolvidos; e estimular o autocuidado, bem como transmitir as informações aos familiares, cuidadores e profissionais.
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Fonte:
– Agência Senado.
– Experiência durante o doutorado de Wanda Patrocinio com a temática da saúde bucal em idosos comunitários, dentro do Programa de Educação para o envelhecimento saudável.
Imagem por Freepik.
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