Quando falamos em saúde bucal na velhice precisamos levar em consideração os seguintes fatores: 1. Contexto; 2. Epidemiologia; 3. Patologias mais comuns que acometem as pessoas idosas; 4. Medidas preventivas; 5. Desafios da Odontogeriatria; 6. Atuação multi e interdisciplinar. No post de hoje vamos abordar os três primeiros itens.
Com o crescimento populacional observamos uma melhora das medidas preventivas em relação à saúde bucal, redução de cáries em crianças e jovens, mais dentes presentes nas pessoas adultas e passou-se a dar ênfase na prevenção de problemas bucais em adultos. Além disso, temos uma mudança de paradigma, passando de um enfoque cirúrgico e restaurador, principalmente focado na criança para uma nova realidade: advento do flúor, odontologia preventiva, valorização das dietas para melhor nutrição e valorização da população dentada.
Percebeu-se, também, que é muito mais econômico a prevenção de doenças do que o tratamento delas. Dessa forma, busca-se uma preservação do Sistema Estomatognático, que envolve a mastigação, a deglutição, a fala, o prazer gustativo e a questão estética.
O estudo de Pucca Jr. (2000) realizado em São Paulo mostrou que o edentulismo é considerado natural, que as medidas de atenção eram ineficientes e inexistentes, avaliando um levantamento Epidemiológico Brasileiro em Saúde Bucal chegou-se aos seguintes dados: 86% de dentes extraídos, 3% de extração indicada, 27% dentes cariados/ pessoa, 50% desdentados, 72% uso ou necessidade de prótese total e 54% receberam tratamento odontológico no ano anterior.
Se focarmos na questão do edentulismo, que é a perda total ou parcial dos dentes permanentes, sabemos que era considerado natural em nossa cultura. Porém, com o surgimento da Odontogeriatria e dos estudos nessa área essa crença vem caindo por terra. A Odontogeriatria é o ramo da Odontologia que enfatiza o cuidado bucal da população idosa, especificamente tratando do atendimento preventivo e curativo de pessoas idosas com doenças ou condições de caráter sistêmico e crônico associados a problemas fisiológicos, físicos ou psicológicos.
Com a evolução dos estudos nessa área, a promoção e prevenção de saúde bucal visa prevenir o início da doença ou reverter a doença a estágios iniciais; a intervenção deve ser específica para o processo da doença, avaliar a parte química e mecânica, bem como contribuir com a mudança de comportamento. Pensando na promoção de saúde em pessoas idosas foca-se em: prevenção de cáries, prevenção ou cuidados com as doenças periodontais e do câncer bucal.
No caso de cárie dental é preciso identificar os fatores ligados a doença para evitar novas e recorrentes lesões, instalando um programa preventivo individual focado na promoção da saúde bucal. Por isso, fique atento aos fatores de risco para cárie de raiz: experiência anterior de cárie de raiz, quantidade e qualidade da placa bacteriana, exposição a carboidratos fermentáveis, experiência anterior de cáries dentais, quantidade e qualidade da saliva, novas exposições de cárie de raiz, doença periodontal ativa, fumo, etc.
E, também, aos fatores de risco para as doenças periodontais: nível de higiene ruim, visitas irregulares ao dentista, diabetes, fumo, genética, hormônios e algumas condições imunológicas. Veja abaixo algumas imagens de doenças periodontais:
Esse assunto da saúde bucal é importante tanto no contexto da família, quanto no contexto das instituições de longa permanência para pessoas idosas (ILPI). Por isso, se você é gestor ou trabalha em uma Casa de Repouso, ILPI, Lar para pessoas idosas ou Residencial Sênior, temos duas soluções que podem contribuir com a equipe:
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Fonte:
– Pucca Jr., G. A. (2000). A saúde bucal do idoso? Aspectos demográficos e epidemiológicos. Medcenter, 7 abril 2000.
– Experiência durante o doutorado de Wanda Patrocinio com a temática da saúde bucal em idosos comunitários, dentro do Programa de Educação para o envelhecimento saudável.
Imagem por Freepik
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