Resolvi escrever sobre esse assunto, pois foi sugerido por um leitor, mas também porque recentemente fui procurada por uma pessoa surda que queria fazer um de nossos cursos e ela me perguntava se eles possuíam legenda.
Conseguimos atender a necessidade dessa aluna e, com isso, fiquei pensando na quantidade de entraves diários que essas pessoas têm e o quanto estamos ou não preparados para atender a todas as pessoas.
Agora falando do público idoso, é comum ocorrer perda auditiva com o avanço da idade devido às mudanças fisiológicas que ocorrem em nosso organismo. Para quem está passando por esse problema sugerimos que procure ajuda profissional, pois neste post de hoje vamos tratar de forma mais específica em como lidar com isso no dia a dia focando na relação entre as pessoas.
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Minhas sugestões:
- 1) Ter conhecimento: a perda auditiva é um problema e, portanto, tem que ser compreendida como tal e não como provocação da pessoa que está com surdez. Com isso, quando temos essa compreensão, lidamos com a situação de forma mais equilibrada.
- 2) Paciência! Durante uma conversa será comum escutar a pergunta “o quê?” várias vezes, por isso é preciso ter paciência e repetir a frase quantas vezes forem necessárias para que a pessoa compreenda. Essa situação pode ser desgastante em alguns momentos, mas a paciência e a calma na hora de se comunicar com quem tem perda auditiva faz toda a diferença.
- 3) Procure conversar em ambientes silenciosos, sem barulhos em excesso. Além de dificultar a compreensão da pessoa para aquilo que você fala, locais muito barulhentos podem aumentar seu esforço na hora de falar.
- 4) Seja cuidadoso na hora de falar com a pessoa idosa. Fale de frente para ela, articulando bem as palavras de maneira pausada e sem gritar. Fale de forma natural, pois falar aos berros demonstra impaciência e pode constranger a pessoa idosa, principalmente se estiver em público. Formular frases longas demais e falar com chiclete ou alimento na boca também atrapalha na hora da comunicação.
- 5) Ofereça companhia: o isolamento social ou da família pode levar a pessoa idosa a desenvolver depressão, ansiedade e outros distúrbios psicológicos. Por isso, sempre que for possível, ofereça a sua companhia, nem que seja somente para escutar.
- 6) Educar os filhos a serem mais compreensivos: o apoio dos netos e das crianças da família é
essencial para ajudar nesse processo de adaptação. É importante que a família consiga
equilibrar suas necessidades com as necessidades das pessoas idosas.
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Fonte: Estudos na literatura e na internet e experiência da autora ao longo de sua carreira.
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