Na última semana de dezembro de 2016 recebemos uma denúncia na Vigilância Sanitária dizendo que havia algumas caixas de medicamentos jogadas em um terreno. A princípio pensávamos que fossem poucas caixas, mas nos deparamos com um saco de 100L cheio, conforme mostra a foto abaixo. Eram medicamentos de Farmácia Popular, em sua maioria, anti-hipertensivos. E acreditem, todos estavam dentro da validade!
Grande parte das pessoas não sabe o mal que está fazendo ao realizar o descarte de medicamentos no lixo, pia ou vaso sanitário. Cerca de 20% de todos os medicamentos que utilizamos são descartados de forma irregular. A maioria dos medicamentos descartados vem das sobras de remédios da nossa “farmácia caseira”.
As estações de tratamento não foram projetadas para eliminar fármacos, eles são apenas atenuados. Existem técnicas de remoção de fármacos, mas os elevados custos não viabilizam sua implantação para tratamento em larga escala.
Alguns estudos mostram o mal que o medicamento descartado incorretamente pode causar em peixes, veja a seguir.
Em uma pesquisa da Universidade de Winsconsin-Milwaukee, nos Estados Unidos, foi observado que peixes da espécie Fathead Minnows, ao serem expostos a um comum antidepressivo, tiveram mudanças comportamentais e começaram a se tornar muito agressivos. Pesquisadores da Umeå University, na Suécia, realizaram um estudo que identificou que peixes da espécie perca, ao serem expostos a medicamentos de ansiedade, tornaram-se antissociais e imprudentes. Outro estudo da University of Southern Denmark (DK) demonstrou que o peixe zebra, quando exposto ao ibuprofeno, perdeu o interesse em acasalar. (www.ecycle.com.br em 23/01/2017)
No entanto, esses estudos foram realizados em laboratórios e não se sabe ao certo se serão adequados para as populações naturais, mas mesmo pequenos níveis de medicamentos na água podem ter consequências. Algumas dessas substâncias também são acumuladas nos tecidos dos peixes, assim como ocorre nos humanos. (www.ecycle.com.br em 23/01/2017)
Outro estudo realizado por Wilson Jardim, professor do Instituto de Química da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), afirma que uma das grandes vilãs para a feminização dos peixes é a pílula anticoncepcional, que tem efeito direto nas glândulas sexuais nos animais. Dependendo da quantidade de substâncias, os machos têm reações que vão desde perder o interesse nas fêmeas até mudança no sistema reprodutor, com produção de ovas. “Já dispomos de estudos científicos que apontam que esses compostos têm causado sérios danos aos organismos aquáticos. Está comprovado, por exemplo, que eles podem provocar a feminização de peixe”, disse.
Atualmente, algumas farmácias têm contribuído com o meio ambiente e disponibiliza em seu estabelecimento, recipientes para coleta de medicamentos vencidos da população em geral. Não descarte errado, pois os danos podem voltar pra você mesmo!
E ainda, algumas Instituições recebem doações de medicamentos dentro da validade.
Contribua! O que você não usa pode ser útil para outras pessoas! E assim estará contribuindo para a preservação do meio ambiente e sua saúde!
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Até a próxima!
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