O Filme “Logan” (2017) encerra a saga do nosso querido e conhecido Wolverine (Hugh Jackman); trazendo consigo um aspecto peculiar o qual proponho abordarmos: a relação entre cuidador e idoso. Àqueles que ainda não assistiram ao filme, atenção, ALERTA DE SPOILER.
A fim de contextualizar o leitor trago uma breve resenha: no ano de 2024, com a população mutante drasticamente reduzida, Logan, diferentemente do habitual, se apresenta fragilizado; bem como o Professor Charles Xavier, acometido por um transtorno neurodegenerativo. A preocupação e cuidados com os aspectos físicos e psíquicos de Logan com Charles são ressaltados em cenas rotineiras da obra: ao providenciar e administrar os medicamentos ao cuidado em seus horários corretos, ressaltando a importância dos mesmos para o bem-estar do paciente e pessoas ao seu redor, minimizando prejuízo a estes; no auxílio à locomoção do paciente cadeirante; no apoio e suporte nos momentos de crise convulsiva; e, na relação de companheirismo e afeto entre ambos. Além do personagem de Hugh Jackman, atuam como cuidadores os personagens Caliban (Stephen Merchant), e a pequena Laura Kinney (Dafne Keen) – demonstrando claramente a realidade presente em nosso cotidiano: a divisão de tarefas de cuidados ao idoso.
Vale a pena ressaltar a relação entre o Professor Charles e a menina Laura; a qual, mesmo com pouca idade, atua como cuidadora ao fazer companhia ao nonagenário e ser orientada a administrar medicações ao idoso. A relação entre os personagens vai além da relação “cuidador X idoso”, e nos expõe o vínculo afetivo entre estes. Outra perspectiva importante que devemos abordar e relacionar com nosso cotidiano trata-se do esgotamento do cuidador diante à alta exigência física e emocional ao exercer sua função. Observamos claramente tal fato em um diálogo entre Caliban e Logan, onde o primeiro expressa seu estresse e esgotamento diante das atividades de cuidados ao nonagenário professor Charles. Ressalto aqui a importância de não negligenciarmos tal situação em nossa vivência diária. Quesitos como paciência, dedicação, compreensão e compromisso são abordados na
relação entre o cuidador e idoso. Em minha experiência profissional, noto que estas qualidades são base fundamental para os profissionais que necessitam transpor os meros cuidados físicos ao idoso, sendo necessários adquirem conhecimentos técnicos sobre aspectos farmacológicos, e até mesmo psicológicos para exercerem suas funções.
Devemos refletir sobre a nossa realidade; é notório o aumento significativo da população idosa no Brasil e no mundo, bem como os desafios associados a isto; dos quais, muitos não estamos preparados para lidar – seja pela falta de empatia ou de conhecimento sobre o processo de envelhecimento. O envelhecer envolve alterações físicas e psíquicas relevantes, as quais nem sempre são compreendidas por amigos, familiares e profissionais envolvidos.
Abordei, com base em minhas referências profissionais, alguns aspectos do filme em questão; espero, com isto, torna-lo um meio de reflexão sobre o tema. Deixe seus comentários e sugestões – ainda há muito o que explorarmos.
Um Grande Abraço.
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