Essa semana faleceu a cantora Vanusa, que estava em uma casa de repouso em Santos litoral paulista, sua morte despertou a vontade de falar sobre a institucionalização da pessoa idosa, principalmente o idoso com Alzheimer.
No Brasil ainda existe muito preconceito sobre institucionalizar o idoso, principalmente aqueles que têm algum tipo de demência. O sentimento de culpa e a sensação de abandono, bem como o medo de ser julgado pelas pessoas próximas faz com que, os familiares adiem ou mesmo desistam da institucionalização.
A Doença de Alzheimer é a mais conhecida entre as demências e também a mais comum patologia mental da terceira idade e é erroneamente conhecida pela população como caduquice. É uma doença degenerativa do cérebro, cujas células se deterioram de forma lenta e progressiva, provocando uma atrofia cerebral. A doença de Alzheimer foi descrita pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra e neuropatologista alemão Alois Alzheimer ao fazer uma autópsia.
A doença afeta a memória e o funcionamento cerebral de um modo geral, por ser uma doença progressiva chega à um estágio onde o idoso necessariamente vai precisar de cuidados integrais de terceiros.
Por ser uma doença ainda pouco debatida no senso comum, as famílias enfrentam a difícil decisão de procurar uma instituição de longa permanência para idosos, onde seu ente querido terá atenção integral. A falta de conhecimento somadas ao preconceito em colocar um membro da família em uma instituição acabam por retardar a ida desse idoso, o que permite o adoecimento gradativo no seio familiar.
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Como enfermeiro responsável de uma ILPI, acompanho de perto todo o processo do doente de Alzheimer, a difícil e inquieta decisão institucionalizar o idoso em uma casa de repouso, todos os enfrentamentos familiares, a progressão da doença e o Luto.
Por vezes a decisão, ao vir tarde demais, acarretará numa família adoecida e num idoso já debilitado. A intenção das ILPIs é dar todo conforto para que esse ente querido tenha qualidade de vida e possa viver de maneira mais saudável possível, longe de estresses e de complicações que o seio familiar (por não estar preparado) pode trazer.
Estima-se que um idoso com Alzheimer vai necessitar de 400 horas de cuidados integrais e somente uma instituição com profissionais capacitados, poderá dar todo esse aparato e qualidade de vida que esse ente precisa, bem como trabalhar terapias multidisciplinares para prevenção e manutenção do quadro clínico desse idoso.
Como profissional enfermeiro sempre aconselho meus clientes a tomar a decisão o mais precoce possível, orientando sobre os efeitos benéficos que um acompanhamento multiprofissional, cuidados integrais e profilaxia podem trazer. Somente assim o idoso terá qualidade de vida, harmonia, e conforto necessários para uma vida saudável, com dignidade e humanização.
“Terceirizar” o cuidado não é abandono, somente mais uma forma de amar.
Imagem por: Freepik
Referências:
http://www.ministériodasude.gov.br
Doença de Alzheimer: guia do cuidador. Dr.Norton Sayeg. Ed. Câmara brasileira do livro.
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