Cuidado com a depressão em pessoas idosas

por Gigi em 15 de fevereiro de 2023
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Segundo Barros et al., 2017, entre as principais doenças incapacitantes ocorridas nos últimos tempos estão os transtornos depressivos. De um modo geral, as doenças estiveram fortemente influenciadas pelo aumento populacional e pelo envelhecimento e os transtornos depressivos têm aumentado em praticamente todas as faixas etárias. Nas pessoas da faixa etária entre 50 e 74 anos, caíram do décimo nono para o décimo quarto lugar (Vos et al., 2020). Como consequência da depressão, diversas alterações na saúde física podem ocorrer, incluindo uma propensão para a inatividade física que está relacionada a diversas comorbidades (Barros et al., 2017).



A depressão é uma síndrome psiquiátrica cujas principais características são o humor deprimido e a perda de interesse ou prazer em quase todas as atividades. Entre as pessoas idosas, essa síndrome é heterogênea no que se refere à sua etiologia e aos aspectos relacionados à sua apresentação e ao seu tratamento, a começar pelo próprio diagnóstico. Discute-se se há diferenças entre a depressão das pessoas idosas e a que acomete outras faixas etárias. Tal controvérsia repercute na pesquisa sobre prevalência e gera discussão sobre quais são os melhores instrumentos para avaliá-la entre pessoas idosas (Batistoni, 2005).



Um dos instrumentos que mais tem sido utilizado para avaliar depressão em instituição de longa permanência para pessoas idosas (ILPI) é a Escala de Depressão Geriátrica (GDS) utilizada para detectar a percepção de depressão em idosos, oferecendo mensurações válidas e confiáveis para avaliar transtornos depressivos. É composta por 15 perguntas com duas possibilidades de resposta, sim e não (Almeida e Almeida, 1999). Sendo que o escore total maior que 5 indica suspeita de depressão. 



Leia também: Você sabe o que tem por trás das atitudes negativas em relação à velhice?



Além de saber que a incidência de depressão tem aumentado na população idosa, saber avaliar, é preciso, também, promover atividades que possam auxiliar no convívio e participação dos residentes em ILPI. No estudo conduzido por Wanda Patrocinio, publicado em 2011, aplicou-se um programa de atividades de 16 encontros em dois grupos de pessoas idosas, que foram avaliadas antes da pesquisa (pré teste), ao término do programa (pós teste) e seis meses depois (medida de seguimento). Um dos grupos apresentou mais sintomas depressivos na medida de seguimento em comparação com o pós-teste, embora o grupo tenha melhorado do pré para o pós-teste. Isso pode indicar a importância do grupo na vida das participantes; ao frequentar os encontros, sentiam-se fortalecidas, melhorando da tristeza e da solidão; ao se encerrar esse espaço de participação, perderam as possibilidades que o grupo oferecia como espaço de apoio, trocas e reflexão.



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Fonte:



  • Almeida OP, Almeida SA. Confiabilidade da versão brasileira da Escala de Depressão Geriátrica (GDS) versão reduzida. Arquivos de Neuro-Psiquiatria. 1999; 57(2): 421-6.
  • Barros MBA, Lima MG, Azevedo RCS, Medina LBP, Lopes CS, Menezes PR, et al. Depressão e comportamentos de saúde em adultos brasileiros – PNS 2013. Ver. Saúde Pública [Internet]. 2017; 51 (supl 1): 1s-8s. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rsp/a/rJgc4vNn6tKZXqTSvV5DXMb/?lang=pt.
  • Batistoni, S. S. T. Verbete sobre Depressão. In: Neri, Anita L. Palavras-chave em gerontologia. Campinas, SP: Editora Alínea, 2005. p. 59-61.
  • Vos T, Lim SS, Abbfati C, Abbas KM, Abbasi M, Abbasifard M, et al. Global burden of 369 diseases and injuries, 1990-2019: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2019. Lancet [Internet]. 2020; 396: 1204-22. Disponível em: https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(20)30925-9/fulltext.


Imagem: Freepik


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