Antes de falarmos sobre as atitudes negativas, você sabe o que são atitudes?

Este post de hoje tem como base o texto Atitudes em relação à velhice, do livro Palavras- chave em Gerontologia, organizado por Neri, A. L. (2005), no qual explicita que as atitudes são predisposições aprendidas e relativamente estáveis para responder ante um objeto e que envolvem três componentes: cognitivo, emocional e tendência à ação. 

O componente cognitivo inclui as crenças avaliativas sobre um dado objeto e, em parte, refletem normas sociais. O componente emocional refere-se aos sentimentos experimentados pelo indivíduo em relação ao objeto. E a tendência à ação significa a disposição do indivíduo a entrar em interação com o objeto.

Os principais indicadores das atitudes são:

– Autorrelatos sobre crenças, sentimentos e ações;

– Realização de ações observáveis, de natureza verbal e verbal-motora em relação ao objeto;

– Reações a estímulos parcialmente estruturados ou a símbolos;

– Reações emocionais ao objeto ou suas representações.

Dessa forma, as atitudes preconceituosas / negativas contra pessoas idosas têm uma antiga trajetória nas sociedades e consistem em atribuir às pessoas idosas um conjunto de traços e características indesejáveis e utilizar esse critério para tomar decisões sobre como lidar com elas. 

Segundo o texto do livro supracitado, as explicações para a origem desse processo incluem:

– razões psicológicas, por exemplo: rejeição da velhice porque ela está associada à doença, à morte e à dependência, realidades essas temidas pelas pessoas;

– razões econômicas, por exemplo: justificar a restrição de oportunidades sociais para as pessoas idosas, quando na verdade são discriminados porque são improdutivos.

Leia mais: preconceito e discriminação contra as pessoas idosas

Qualquer que seja a explicação, é importante entender que os gerontólogos sociais classicamente assumiram que as atitudes preconceituosas em relação à velhice determinam políticas e práticas sociais discriminatórias, segregadoras ou rejeitadoras oferecidas pela sociedade para as pessoas idosas. Por essa ótica, são os preconceitos que fazem com que os mais velhos sejam mais sujeitos ao desemprego, tendam a receber menores salários e a ter menos oportunidades de treinamento. Pelo mesmo motivo, nas instituições de longa permanência para pessoas idosas (ILPI) e na família, a vitimização das pessoas idosas contribui para que lhes seja oferecido um tratamento superprotetor que lhe tolhe a autonomia e a independência (Neri, 2005).

E esse tratamento superprotetor, que considera a pessoa idosa como somente vulnerável e dependente, não generalizando, mas ainda é muito encontrado dentro das ILPI, Casas de Repouso, Lares para pessoas idosas, Residencial Sênior, etc., por isso é importante que gestores e profissionais que trabalham nessas instituições avaliem os conceitos / preconceitos em relação aos residentes e empreendam ações para auxiliar, sempre que possível, em um processo de vida mais autônomo e independente aos seus moradores.

Leia mais: idadismo e ageismo

Bem, se você é gestor ou trabalha em um Lar para pessoas idosas, em uma ILPI, em uma Casa de Repouso ou em um Residencial Sênior, temos duas soluções que podem contribuir com a capacitação da equipe, para melhorar esse aspecto das atitudes negativas em relação às pessoas idosas:

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Nosso sistema de gestão – o software Scaelife – que ajuda a organizar e prestar um serviço mais assertivo, que, também, promove mensalmente uma Atualização Permanente em Gerontologia para os clientes.