Disfagia é a dificuldade de deglutir (engolir), o que causa os episódios de ENGASGOS, tão desconfortáveis para quem sofre e para quem assiste. Nesses momentos, a tosse acontece com reflexo protetor vital para o organismo.
Tudo o que passa pela cavidade oral e vai pela nossa garganta cai numa espécie de tubo, que se bifurca em Laringe e Esôfago. A primeira estrutura desemboca no pulmão e a segunda no estômago. Se, nessa bifurcação, alimentos ou saliva descerem para nossas vias aéreas, o nosso instinto é tossir. Isso porque a única coisa que pode circular pelos pulmões é AR, sob risco de se desenvolver infecções como a pneumonia.
Pneumonias podem ser causadas por vírus, bactérias ou pela aspiração daquilo que não é ar para dentro dos brônquios (broncoaspiração). À essa última damos o nome de Pneumonia Aspirativa e se trata de uma condição com alta taxa de letalidade, principalmente em idosos.
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A população da terceira idade está sob maior risco de incidência de disfagia, ocorrendo como consequência de doenças neurológicas como o Parkinson (muito comum), AVC ou demências; obstruções como tumores na garganta ou esôfago ou essencialmente da condição de fragilidade do idoso, com perda de força e sensibilidade das estruturas relacionadas ao ato de engolir, sem necessariamente estar associada a uma patologia específica. Nesse caso ela é chamada de Presbifagia. O uso de medicamentos pode estar relacionado com a condição, quando os efeitos adversos comprometem as funções neurológicas e musculares.
Ela pode acontecer com uma consistência específica de alimento (sólido, líquido ou pastoso) e em casos graves há dificuldade de deglutir qualquer coisa. Por isso, além do comprometimento respiratório, idosos disfágicos são muito propensos a desidratação, desnutrição e perda de peso. Também pode ter impactos sociais e emocionais, pela limitação e/ou isolamento durante as refeições cotidianas e junto à família.
O doente precisa de acompanhamento com Fonoaudiologia para reabilitação da função deglutitória e diminuição da chance de broncoaspiração.
Ao ler tudo isso, você pode estar afirmando: “mas o idoso que conheço não engasga com frequência”. Saiba então que a tosse durante a alimentação não é o único sintoma de disfagia e que os mais velhos podem ter o reflexo de tosse alterado ou diminuído.
O paciente precisa procurar ajuda especializada se ele apresenta:
Essas recomendações não dispensam a avaliação de fonoaudiólogo especializado em tratamento da Disfagia. Lembrando que a pneumonia aspirativa é muito séria e frequentemente responsável pelo óbito de pacientes idosos frágeis.
Imagem por: Freepik
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