A música e seus elementos constitutivos (harmonia, melodia, som e ritmo) implicam em musicoterapia, que é uma forma de tratamento que a partir do fazer musical durante o processo terapêutico, por meio do canal sonoro-musical, ajudará a expressão emocional e a criatividade, estimula a capacidade física e melhora as habilidades mentais e cognitivas, assim como a socialização, seja em grupo ou individualmente.
A musicoterapia também desenvolve o potencial criativo a partir da linguagem musical.
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De forma mais direta, para as pessoas idosas, a musicoterapia influencia marcadamente o resgate de memória e a ativação psicofísica, aliando movimento e emoção. A pessoa sente o prazer de cantar, tocar um instrumento, improvisar um som, criar e recriar música, bem como redescobrir as canções que fizeram e fazem parte da sua vida.
A música tem sido uma ótima estratégia terapêutica para lidar com a tarefa de cuidar de um familiar acometido pela Doença de Alzheimer. Com a evolução da doença neurodegenerativa, as pessoas ficam totalmente dependentes, podem se tornar mais agressivas, agitadas, com déficits de memória e declínio motor e cognitivo.
A pesquisa de Anastácio Júnior traz esperança às pessoas que estão envolvidas com uma pessoa idosa nessa situação, principalmente se o cuidador principal for o próprio cônjuge. Ele trabalhou com músicas do repertório autobiográfico de quatro casais de pessoas idosas, que trouxeram lembranças de fatos e situações vividas juntos, amenizando sintomas relacionados à demência, como a agitação, e possibilitando mais qualidade de vida ao cuidador.
Nos resultados apurados por Anastácio, embora os cuidadores se sentissem cansados pelas demandas associadas à doença, a musicoterapia trouxe momentos prazerosos ao casal, amenizou os sintomas comportamentais dos companheiros adoecidos e possibilitou o resgate e a troca de lembranças pessoais.
Se você trabalha com pessoas idosas com a Doença de Alzheimer ou cuida de um parente idoso nesta condição e já usa a música em suas atividades, compartilhe conosco suas percepções sobre a influência da música no sentido de amenizar alguns sintomas desta doença.
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Imagem por: Andrea Piacquadio Pexels
Referências:
Márcia Godinho Cerqueira de Souza. Musicoterapia e a Clínica do Envelhecimento. Elizabete Viana de Freitas e Ligia Py. Tratado de Geriatria e Gerontologia. Editora: Guanabara Koogan, 3 ed., cap. 128, pp.1429-1440, 2011.
Mauro Amoroso Pereira Anastácio Júnior. Musicoterapia e doença de Alzheimer:
um estudo com cônjuges cuidadores. Dissertação de Mestrado em Gerontologia, Programa de
Pós-Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH)
da USP, 2019.
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