Olá!!
Estava ausente por esses meses, mas agora retornei e vou falar de um assunto que atinge milhões de pessoas no mundo – Diabetes Mellitus.
Vou descrever minha trajetória com o diabetes. Na graduação obtive o incentivo de uma docente (Arleia Dias) e, conseguimos desenvolver dois trabalhos com pessoas diabéticas na população de Fernandópolis- SP, juntamente com alguns colegas. Ao me graduar trabalhei em Pronto Socorro e observei que, muitos pacientes procuravam atendimento médico por descompensação dessa doença. Como era um desejo trabalhar com uma população diferenciada, surgiu a oportunidade de trabalhar com saúde indígena, especificamente a etnia Xavante no MT, a qual muitos tinham diabetes. Quando retornei para São Paulo, onde comecei a trabalhar em Araraquara (2009), conheci a Prof. Dra. Ana Emilia Pace da Escola de Enfermagem da USP, e participei por alguns anos no ambulatório de diabetes e, realizei meu Mestrado em Educação com pacientes idosos portadores da diabetes tipo 2. Portanto, minha paixão por esse tema é antiga.
O diabetes afeta mais de 425 milhões de pessoas, dos quais um terço são pessoas com mais de 65 anos. Se não tomada medidas a previsão é que em 2045 629 milhões de pessoas portem a doença. Ao mesmo tempo, mais 352 milhões de pessoas com intolerância à glicose estão em alto risco de desenvolver diabetes. Até o final de 2018, 4 milhões de mortes acontecerão como resultado do diabetes e suas complicações (IDF, 2018). Países de baixa e média renda têm quase 80% de pessoas com diabetes. Isso se dá devido à urbanização rápida, dietas pouco saudáveis, estilo de vida cada vez mais sedentário e muitos países não fornecem cuidados preventivos.
Atualmente, no Brasil, há mais de 13 milhões de pessoas com diabetes, o que representa 6,9% da população, sendo o 5° país em número de pessoas acima de 65 anos com diabetes. Em alguns casos, o diagnóstico demora, favorecendo o aparecimento de complicações (SBD, 2017).
Veja também: Cuidados com a alimentação da pessoa idosa com diabetes
É uma doença crônica, que não tem cura, na qual o corpo não produz insulina ou produz em quantidades insuficientes.
Insulina é um hormônio que é produzido pelas células Beta do pâncreas (órgão localizado atrás do estômago que produz alguns hormônios importantes para o nosso sistema digestório), que controla a quantidade de glicose no sangue. Conforme a necessidade do organismo, ela vai sendo liberada e deixando a taxa a níveis normais de glicose no sangue.
Quando a pessoa tem diabetes, o organismo não fabrica a insulina ou não consegue utilizar a glicose de forma adequada. Com isso, o nível de glicose no sangue fica alto (hiperglicemia) e, se ficar alto por muito tempo, poderá causar danos irreversíveis em órgãos importantes, vasos sanguíneos e nervos.
Importante: Não ignore os fatores de risco, pois quanto mais cedo você tiver o diagnóstico, mais rápido poderá agir para continuar saudável.
Existem vários tipos de diabetes, os mais comuns são: tipo 1 e tipo 2.
O diabetes tipo 1 representa entre 5 a 10% da população. Em algumas pessoas, o sistema imunológico ataca as células Beta e, com isso, a insulina não é liberada para o corpo, ficando na circulação. Geralmente aparece na infância/ adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também.
Já o diabetes tipo 2 aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia. Cerca de 90% das pessoas têm esse tipo, que se manifesta mais frequente em adultos, mas está aumentando os casos em crianças e adolescentes.
Os sintomas são silenciosos, por isso, é essencial que as pessoas façam um acompanhamento periódico, principalmente as pessoas idosas.
Geralmente não tem sintomas, podendo ocorrer, aumento da frequência urinária, sede, fadiga, fome, perda de peso ou visão turva e também infecções recorrentes.
Se alguém próximo a você relatar alguns desses sintomas, oriente a procurar uma avaliação médica.
Resumindo: é uma doença que atinge o mundo todo, sem distinção de classe econômica. A pessoa com diabetes precisa ter conhecimento que ela tem maior risco de complicações cardiovasculares (Infarto) e cerebrovasculares (AVC) e, pessoas com idade superior a 60 anos têm maior chance dessas complicações. O envolvimento dos familiares é de grande importância. Apoiar, cuidar, dar suporte e acompanhar é fundamental para reduzir as complicações da doença (SBD, 2017).
Veja também: Atenção aos pés dos pacientes diabéticos
Fontes:
Foto: Freepik
Os vômitos podem estar relacionados à doença ou […]
No post de hoje vamos tratar de alguns […]
A pessoa que permanece um longo período em […]
AFETO, o melhor tônico Não encontramos indicação exata […]
Inscreva-se para receber nossas newsletter e todas as novidades do Blog da Gigi.